No Brasil, o debate em torno da mobilidade oscila de acordo com modismos. Porém, soluções consagradas como metrô, corredor de ônibus e o trem continuam em destaque no radar de gestores públicos. Apesar disso, pipocam aqui e ali iniciativas que mostram que é possível usar tecnologias de baixo e de alto impacto,capazes de dar uma resposta adequada ao desafio da mobilidade nas grandes cidades.
A seguir algumas opções de transporte individual e coletivo, garimpadas na internet, que possuem uma pegada sustentável e em relação às quais não se pode ficar indiferente.
ELF, O CARRO-TRICICLO
Quem fabrica: Organic Transit, criada pelo americano Rob Cotter. O veículo mistura o charme de bikes e de minicarros, e é indicado para pequenos percursos. Ele é dotado de um painel solar que alimenta uma bateria que pode ser recarregada, também, a cada pedalada. Essa força extra é usada para ajudar a subir ladeiras, por exemplo.
Quanto custa: entre US$ 5,5 mil e US$ 7,2 mil
Quem fabrica: um grupo de investidores da Nova Zelândia reunidos na Shweeb Skymart ganhou um concurso de mobilidade promovido pelo Google. Com a verba de US$ 1 milhão embolsada na disputa, eles lançaram um projeto que prevê a criação de uma espécie de aerovia, pela qual circulariam “cápsulas” com capacidade para abrigar de duas a 12 pessoas. A expectativa é transportar até 10 mil passageiros por hora, a uma velocidade máxima de 48 km/h. Para atingir esta marca seria utilizado um motor abastecido por baterias carregadas por energia solar e até mesmo a força dos pedais, acionados pelos passageiros.
Quanto custa: os inventores garantem que o sistema tem um custo 10 vezes mais barato que o de um sistema tradicional.
AEROMÓVEL, TREM MOVIDO A AR
Quem fabrica: T´Trans, do Rio de Janeiro. A empresa projetou e construiu um trem movido a ar comprimido com duas versões, para 150 e 300 passageiros. O sistema roda sobre pilotis de concreto. O consumo de energia é pequeno (equivalente ao de um motor de 150 cv), a poluição é zero e o custo de implantação é considerado baixo em relação a outros veículos sobre trilho. O aeromóvel possui capacidade de transportar 25 mil passageiros por hora e está operando em Porto Alegre num trajeto de menos de um quilômetro, ligando uma das estações de metrô ao Aeroporto Salgado Filho.
Quanto custa: os dois trens e a linha aérea, construída em 1983, consumiram R$ 37 milhões.
STRADDLING, O ÔNIBUS CHINÊS
Quem fabrica: Shenzhen Hashi Future Parking Equipment Co. Uma maquete do sistema foi apesentada na 13ª Exposição Internacional de Alta Tecnologia, realizada em maio de 2010, em Pequim. Batizado de Straddling Bus, o megaônibus, que ainda não saiu do papel, teria capacidade de dar uma resposta rápida ao déficit no transporte de massa no país asiático. Com 4,5 metros de altura, ele deslizaria sobre trilhos instalados nas grandes avenidas, sem competir com os automóveis. Sua velocidade média de 60 km/h seria compatível com a dos ônibus convencionais, podendo transportar até 1,4 mil passageiros por trajeto.
Quanto custa: 10% do valor estimado para implantação de uma linha de metrô na China.