Plantar árvore pode ser crime, em SP

Por Carolina Stanisci

Ativistas do Parque dos Búfalos, incluindo seu advogado, são processados por plantar árvores em APP (área de preservação permanente) incluindo o advogado e ambientalista Virgílio Alcides, o processo corre a mais de um ano no foro de Santo Amaro.  Ativistas Wesley Rosa , Aurélio Prates e o advogado Virgílio defendem a área de recuperação e preservação dentro da bacia hidrográfica da represa Billings.

Os ativistas entendem que isso é uma retaliação vinda do empreendedor Cláudio Bernardes (presidente da Ingaí e presidente da SECOVI -SP) que foi quem abriu o processo, pois o empreendimento foi barrado por mais de 1 ano , através de uma liminar. Além dos ativistas estarem proibidos de entrar no Parque dos Búfalos eles também terão que pagar até R$ 200 mil para a remoção das árvores e custas do processo judicial movido pela Incorporadora Ingaí.

Apesar de muitas outras personalidades terem plantado árvores como ex ministra do meio ambiente Marina Silva, vereador Ricardo Young, o novo secretário do verde e meio ambiente do município, Gilberto Natalini, O Vereador Toninho Vespoli e o Deputado Carlos Gianazzi, SOS Mata atlântica, Minha Sampa além de centenas de pessoas que dedicaram um dia todo para o plantio em area de APP.

Somente estás três pessoas da periferia foram processadas. A área do parque é usada pelos moradores do entorno a mais de 40 anos em práticas de esporte e lazer, contemplação. Os ativistas acham que a decisão do juiz é injusta pois principalmente estes últimos anos muitas areas foram tomadas por invasões e devastação ambiental e ninguém foi processada por matar a fauna e a flora. Agora ser processado por plantar árvores está é bem nova.

Estás coisas só podem acontecer no Brasil mesmo. Os ativistas prometem recorrer da decisão da (In)Justiça.
Processo 1009752-51.2015.8.26.0002

Texto publicado originalmente na página do Facebook do #MovimentoParqueDosBufalosResiste

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