Uber na terra e no ar

Depois de causar um verdadeiro estrago nos sistemas de transporte individual de passageiros, a Uber se prepara para comprar uma briga nos céus. É isso mesmo. De acordo com reportagem publicada na agência de notícias Bloomberg, a Uber contratou um veterano cientista da Nasa para desenvolver veículos aéreos autônomos capazes de fazer viagens de longa distância. Mark Moore trabalhou por 30 anos na agência espacial americana e esteve à frente do projeto Puffin Eletric Talsitter VTOL Concept, uma aeronave monoposto capaz de decolar na vertical.

A decisão da Uber de investir em carro voador não é nova. Foi anunciada em outubro, quando seus executivos divulgaram o desenho do Joby S2, aeronave para transporte sob demanda entre cidades.

A chegada do renomado cientista deverá acelerar os planos, além de ajudar a resolver alguns gargalos. O primeiro deles é em relação à propulsão. Os motores de aeronaves são potentes poluidores sonoros, o que limita sua operação em diversas áreas urbanas. Além disso, existe a preocupação em relação ao combustível a ser usado. A ideia projetar modelos capazes de voar por longos períodos, e desenvolver altas velocidades, abastecidos apenas com energia renovável.

Ilustração do que seria o carro-voador da Zee.Aero, de Larry PageEm entrevista ao repórter Brad Stone, da Bloomberg, o cientista se mostrou entusiasmado com a missão. “Não posso pensar em nenhuma outra empresa com disposição para liderar a criação de um novo ecossistema de transporte e fazer do VTOL (Veículo que levanta voo e pousa, na vertical, da sigla em inglês) uma realidade”.

Corrida maluca no ar

A Uber não está sozinha neste novo tipo de corrida aérea. O bilionário Larry Page, um dos fundadores do Google, investiu US$ 100 milhões para criar a Zee.Aero, focada no desenvolvimento de veículos futuristas. Seus esforços se concentram num híbrido entre avião, carro e helicóptero.

Do outro lado do Atlântico, quem está liderando as pesquisas nesta área é a gigante Airbus. De acordo com o CEO da empresa aeroespacial, Tom Enders, até o final deste ano o A3 (na foto que abre este texto) fará o voo inaugural. Durante conferência numa feira de tecnologia em Munique, ele destacou que a ideia é que o táxi autônomo entre em produção comercial até o final da década.

Segundo o executivo, para embarcar nesta “nave louca” será tão fácil quanto chamar um veículo da frota do Uber ou da Cabfy. Bastará ligar o smartphone e fazer o pedido pelo aplicativo. Será?

SAIBA MAIS:

Sobre projetos que já são realidade, assistindo o vídeo na TV 1 Papo Reto no centro de nossa homepage ou clicando aqui

Sobre os planos da Airbus para atuar neste setor