Como experienciar São Paulo de um jeito diferente?

Por Maílson da Silva

Quando criança, nossa primeira ferramenta de experiência e aprendizado é a boca. Os bebês na fase de descoberta, colocam em suas bocas qualquer coisa que chegue em suas mãos, na busca de sentir as sensações e as texturas que elas possuem. Quente, frio, doce, salgado, sujo, limpo… eca, sabão!

E assim descobrimos o sabor de viver.

Porém, conforme ficamos mais velhos, vamos deixando de lado a possibilidade de usar a sensibilidade dessa ferramenta como meio de aprendizado. O falar se torna soberano, e o comer se torna mais um ato de sobrevivência. Nos esquecemos, também, dos almoços de domingo onde os segredos culinários de família eram todos postos à mesa, e aquele ritual nos levava a um sentimento comunal de pertencimento e identidade.

A identidade de um povo é caracterizada por sua CULTURA. A cultura é o que faz um povo se reconhecer e ser conhecido, perpetuar e imortalizar sua marca na terra. Ela é tangível e intangível e o melhor de tudo: ela é COMPARTILHADA.

Comida é cultura!

E é por isso que ao compartilharmos um prato daqueles que nos lembram nossa infância estamos dividindo também nossa cultura, nossos traços familiares ou de um povo, de um lugar, de uma história…

Não importa se você não está na China, ao saborear um Pato à Pequim, em São Paulo, você estará saboreando um legado através da comida. Viverá a mesma sensação que os habitantes das terras dominadas por impérios e dinastias chinesas, e se transportará para este gigante asiático através dessa sensação. A comida é mais que cultura, ela é um portal que te leva a viajar pelo mundo.

No próximo post trarei alguns roteiros com restaurantes que te transportam para outras cidades e países sem sair da cadeira.