Recicle aquela esponja velha que mora na sua pia

A TerraCycle, empresa que faz gestão de resíduos não recicláveis, está divulgando uma campanha bacana. É uma competição para ver quem coleta mais esponjas de limpeza de uso doméstico – aquelas que fazem aniversário na pia acumulando bactérias e causando o mau cheiro. A iniciativa “Limpando Minha Casa” vai até o dia 26 de junho.

De acordo com o TerraCycle, a campanha é voltada, principalmente, para escolas e empresas. Mas nada impede que uma pessoa decida implantar isso no condomínio residencial onde viva. Basta ter vontade. Para participar, é preciso se cadastrar neste site, que contém o regulamento.

A campanha recente foi lançada em parceria com a marca Scotch-Brite, mas qualquer marca de esponja vai ser aceita. A ideia é realizar a reciclagem, na prática.

A TerraCycle trabalha com as brigadas – grupos que recolhem materiais como esponjas, lápis e outros materiais escolares usados, tubos de pasta de dente, entre outros. Por um sistema de pontuação, ganha quem enviar mais itens – mas no final todos ganham.

No caso das esponjas, por exemplo. Além dos 2 centavos por unidade enviada, o primeiro colocado, o que enviar mais unidades, receberá bônus em pontos (cada ponto equivale a 1 centavo). O mais legal de tudo é que o primeiro lugar pode escolher uma instituição para doar essa grana.

O envio é exatamente igual ao da logística reversa, que está na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Após recolher uma quantidade significativa, é preciso imprimir uma etiqueta (no site do cadastro isso é explicado). Com essa etiqueta impressa e a caixa (ou caixas!) com os itens coletados, vai-se a uma agência oficial dos Correios e, sem custo, o material é enviado.

As brigadas do TerraCycle em geral são feitas em parceria com marcas como a Colgate (são coletadas escovas usadas e tubos de creme dental) e a Faber-Castell (são enviados para reciclagem lápis, canetas marca-texto, borrachas e outros itens).

Na coleta de material escolar, o vencedor das edições 2013/2014 foi o Colégio Cenecista Pedro Antônio Fayal, de Itajaí (SC). No total, foram arrecadados, por todos os participantes, 35.565 unidades (canetas, canetinhas, lápis, apontadores, marca-textos – de qualquer marca). Em 2014, a arrecadação aumentou para 65.922 itens.

Para Felipe Cabral, diretor da TerraCycle Brasil, a principal missão da coleta de esponjas é oferecer “uma alternativa ambiental de descarte a esse tipo de resíduo”. “Além de evitar que mais materiais sejam depositados em aterros ou lixões a céu aberto, o consumidor tem a oportunidade de ajudar instituições de caridade”, explica.

Em São Paulo, participam das brigadas a escola Nossa Senhora das Graças (Gracinha), o Hotel Transamérica, o restaurante Rascal, unidade do Shopping Higienópolis, entre outras.

E o que é feito das esponjas usadas?

É simples. Elas passam por um processo que as transforma em uma espécie de resina de aspecto granulado para uso industrial. Ou seja, tem quem as compre no mercado. Exatamente: aquela esponja nojenta vira dinheiro. Além de estar se livrando das bactérias (há um jeito de limpá-las, mas aposto que poucos o praticam).

Trata-se de uma iniciativa que merece ser aplaudida e replicada em larga escala, não?