O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, fala do sua tristeza e desapontamento com o rompimento da barragem de uma das minas da empresa, situada em Brumadinho (MG). No vídeo, visivelmente emocionado, ele pede desculpas e garante que a mineradora não fugirá de suas responsabilidades.
Trata-se do segundo acidente do tipo envolvendo a empresa, em menos de cinco anos. Em 13 de novembro de 2015, a barragem do Fundão, pertencente à Samarco (controlada pela Vale e a anglo-australiana BHP Billiton Brasil), se rompeu e deixou um rastro de destruição por centenas de quilômetros. Começando por varrer do mapa o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), e terminando com a inviabilização de atividades produtivas na foz do rio Doce, no litoral norte do Espírito Santo.
Em janeiro de 2018, o Ministério Público de Minas Gerais divulgou um estudo mostrando que cerca de 10% das 400 barragens existentes no estado apresentavam algum tipo de risco, de acordo com reportagem do jornal O Estado de Minas. No topo da lista desponta a barragem Quéias, em Brumadinho, pertencente à Vale. O acidente de hoje (25/1/19) à tarde aconteceu na barragem do Córrego do Feijão, considerada de "baixo risco" no relatório elaborado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Contudo, o potencial de impacto ambiental, em caso de colapso, era considerado alto.
Até hoje, a Samarco ainda não resolveu os diversos passivos ambientais e humanos, tampouco indenizou completamente as vítimas. O número de vítimas fatais em Mariana é estimado em 19. No caso de Brumadinho, falava-se em 200 desaparecidos, no meio da tarde de sexta-feira (25/1).
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