Bronzeador, aqui não!

O câncer de pele é uma doença que afeta milhões de pessoas ao redor do planeta. No Brasil, ele causou a morte de 3.316 pessoas, somente em 2013 (último dado disponível). Por conta disso, os médicos recomendam o uso de protetor/bloqueador solar todos os dias. Quer estejamos ou não na praia/piscina. Contudo, como em quase todas as histórias sempre existe um “Lado B”. Neste caso, o alerta partiu das autoridades ambientais do arquipélago do Havaí, que elegeram o protetor industrial como um inimigo número 1.

Isso porque, o uso intensivo do produto está prejudicando o desenvolvimento das colônias de corais. Estes organismos vivos são responsáveis pela abundância de espécies de peixes e moluscos nos oceanos. Pois, além de servirem de berçário para reprodução, também concentram inúmeras fontes alimentícias.

Na foto acima é possível ver o impacto do excesso de componentes químicos nos protetores solares industrializados que, ao ser dissolverem na água, bloqueiam a entrada de luz reduzindo a insolação dos corais. De acordo com pesquisadores, a presença de produtos químicos nas praias do Havaí é 30 vezes maior que o volume considerado seguro para os corais.

No mês passado, o senador Will Espero apresentou uma lei banindo da ilha estes produtos no arquipélago. Só será permitida a venda de produtos com ingredientes naturais. A exceção será apenas para as pessoas que precisem do protetor industrial por conta de restrições médicas.

O problema, contudo, não se limita ao Havaí. De acordo com ambientalistas, 14 mil toneladas de bloqueadores solares são despejadas anualmente no mar, por meio da pele dos banhistas. Trata-se de um volume em proporções alarmantes, especialmente por colocar em risco a sobrevivência dos corais. No Caribe, 80% deste ecossistema morreu nos últimos 40 anos.

SAIBA MAIS:

Sobre a incidência do câncer de pele no Brasil