Conceituado no Brasil, o fotógrafo soteropolitano André Fernandes (o segundo a partir da dir.), o segundo teve seu trabalho reconhecido no Concurso Internacional de Artistas Minoritários 2024, promovido pelo Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos. A premiação aconteceu no final de novembro, em Genebra, e representou a consagração da série Orixás, clicada ao longo de 2014, no Terreiro Ilê Axé Alaketu, em Salvador.
“É difícil de acreditar, um sonho mesmo. Ter o reconhecimento de um trabalho de tantos anos, registrando sobretudo o Candomblé. É muito gratificante.”
O evento é realizado desde 2022 e, nesta edição, teve como tema Memória no Presente, reunindo artistas de diversos continentes para premiar obras que exploram temas relacionados à memória e à diversidade cultural.
“Eu desejo, com essas fotografias, mostrar a força do Candomblé e a beleza dessa religião no sentido mais amplo e potente da palavra, e que a diversidade não seja apenas tolerada, mas totalmente respeitada e celebrada”, afirmou André na sede do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Genebra.
André foi um dos oito artistas selecionados globalmente para a exposição. Além do reconhecimento e das interações com os demais artistas, André acredita que a premiação mostra como a arte pode contribuir com a promoção dos direitos humanos.
“Conhecer mais sobre a estrutura da ONU faz pensar como usar ainda mais a arte para falar de direitos humanos, para dar mais visibilidade para as minorias e perceber que a gente tem muito mais a contribuir com a diminuição do preconceito contra religiões de matrizes africanas através da arte”, conclui.
*Com informações da ONU Brasil. Leia o texto original, aqui