Por redação de O Mundo que Queremos, especial para COALIZÃO VERDE (1 PAPO RETO, NEO MONDO e O MUNDO QUE QUEREMOS)
“Quais as infraestruturas necessárias à melhoria da qualidade de vida das pessoas na Amazônia e a suas atividades produtivas vinculadas ao uso sustentável da biodiversidade?” Em resposta a essa pergunta, o economista e professor da Universidade de São Paulo, (USP) Ricardo Abramovay, propõe quatro dimensões estratégicas para promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia, virando referência para o mundo: natureza, cuidado, serviços e cooperação. O modelo foi apresentado no livro “Infraestrutura para o desenvolvimento sustentável da Amazônia” (Elefante) que acaba de virar um infográfico ilustrado, com as principais barreiras e caminhos de cada aspecto.
O trabalho responde a uma solicitação do GT Infraestrutura, uma rede de mais de 50 organizações focada no estudo e debate da infraestrutura com justiça socioambiental. O grupo tem se dedicado a apontar alternativas chamadas de “infraestrutura que queremos”, que é justamente o caminho para o qual as dimensões propostas apontam. Essa nova organização desenvolvida por Abramovay nos ajuda a pensar a infraestrutura tirando o foco dos megaprojetos e transferindo o olhar para uma economia que resulte num cuidado maior com as pessoas, tanto no campo quanto nas cidades. “A floresta é a mais importante e promissora infraestrutura para o desenvolvimento sustentável”, destaca o professor.
Confira o infográfico aqui.
Sobre o autor
Ricardo Abramovay é Professor Titular da Cátedra Josué de Castro da Faculdade de Saúde Pública e do Programa de Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (USP). Autor de “Amazônia: Por uma Economia do Conhecimento da Natureza”, também da editora Elefante.
Sobre o GT Infraestrutura
O GT Infraestrutura é uma rede de mais de 50 organizações, com princípios da justiça socioambiental e uso sustentável da biodiversidade, defendendo uma infraestrutura PARA a Amazônia e não NA Amazônia. Desde 2012, vem trabalhando na articulação e contribuindo com o aperfeiçoamento de organizações e atores sociais da região em temas ligados à infraestrutura, especialmente energia, transportes, clima e cidades.