Empreendedorismo: a vez da comunidade LGBTI+

Empreendedorismo: a vez da comunidade LGBTI+

O impacto econômico da pandemia de COVID-19 nas pessoas da comunidade LGBTI+ tem sido enorme. Uma pesquisa realizada pela ONU em 2020 com mais de 20 mil pessoas LGBTI+, em 138 países, mostrou que muitas haviam perdido seus empregos por causa da pandemia. Além disso, membros da comunidade sofreram com mais episódios de discriminação, crimes de ódio e prisões.

Várias das 23 ONGs beneficiadas pelo Fundo Solidário do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) no Brasil, Gana, Índia, Madagascar e Uganda estão apoiando organizações LGBTI+ na construção de capacidades econômicas e no estímulo ao impacto social para suas respectivas comunidades por meio de diversos projetos de empreendedorismo social.

No Brasil, aproveitando talentos da comunidade LGBTI+ e profissionais do sexo no tratamento da beleza, a Associação Social Anglicana de Solidariedade do Cerrado (Casa A+) implementou o Projeto Empodera Mais. “Motivamos pessoas de origens vulneráveis a participar do projeto de empreendedorismo social por meio do fornecimento do Kit Empodera Mais, com equipamentos básicos e suprimentos para o ingresso na profissão de cabeleireira e tratamento de beleza”, disse Maurício Andrade, bispo Anglicano e fundador da Casa A+ (foto).

As habilidades técnicas encorajaram esse contingente a iniciar negócios em tratamento de beleza e sobreviver às dificuldades da pandemia de COVID-19. As parcerias técnicas com profissionais, um estúdio de beleza e instituições como a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano de Palmas, proporcionaram às participantes uma experiência no local antes de lançarem seus próprios negócios e geraram uma rede profissional para a troca de vivências e conseguir novos negócios.

A restauração da autoconfiança e dignidade da comunidade LGBTI+ deve ser fundamentada em iniciativas lideradas por ela mesma, com foco no enfrentamento das desigualdades. Um fio comum que liga essas diversas empresas é o empenho das pessoas LGBTI+ diante das dificuldades. As pessoas beneficiadas demonstraram o potencial de empoderamento por meio da arte, criatividade e habilidades profissionais apoiadas pelo financiamento inicial do Fundo Solidário.

Reconhecer e abraçar a diversidade na orientação sexual e identidade de gênero em todas as áreas é crucial para tornar a comunidade visível, a protegendo do estigma, discriminação e violência, e a engajando na resposta a pandemias.

Fonte: ONU Brasil 

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